Pode sim. E eu chorei. Não no momento, nada
que comprometesse a reportagem. Mas, meu coração ficou em pedaços. Na
nossa terceira reunião de pauta, terceira edição de Mímesis, queria,
novamente, fazer algo sobre o que gosto. Afinal, é na faculdade que
essas oportunidades aparecem. Pensei no amor que vejo quando chego em
casa, todo final de semana. Lembrei na relação de irmão que tenho com
meu cachorro. Recordei sobre o quanto ele faz bem à minha mãe. Sim, uma
matéria sobre o amor dos animais para a cura de doenças seria um prazer
de produzir. E, realmente, foi. Mais do que isso, foi uma das
experiências mais legais da faculdade. Escutar histórias de apaixonadas
por animais, me fez acreditar em um mundo melhor. O choro da
entrevistada me fez tremer, pensando no sentimento que eu mesma tenho
por cães. Mas, mesmo com a emoção, sabia qual seria a próxima pergunta.
Por isso digo: jornalista pode se emocionar, mas precisa fazer bem
feito.
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