Propus a mim mesma o desafio de apresentar a quarta edição do Mímesis. Sem definir se o que vinha primeiro era o medo de errar ou o desinteresse pela função, decidi superar ambas: insegurança e falta de vontade. Se estava cursando a disciplina de Produção em Telejornalismo, a oportunidade não poderia ser melhor.
Os cuidados foram muitos. Procurei me aproximar, tanto quanto possível, dos assuntos abordados nas matérias, elaborei os textos da escalada e das cabeças, mantive contato com o outro apresentador para definir os detalhes, separei a roupa de acordo com os critérios de neutralidade e absorção de luz e planejei, além da maquiagem, a forma de arrumar o cabelo.
Só não cuidei o suficiente da voz. Uns pingos de chuva e uma manhã gelada sem manta já bastaram para me deixar rouca. O aviso da regente do coral, feito há dez anos, voltou à mente como um “puxão de orelha”. Excesso de leite e chocolate prejudica as cordas vocais. Gengibre e maçã devem ser incluídos no cardápio, sem desculpas.
Mas a lembrança veio tarde demais. Ao invés de prevenir, o jeito foi tentar remediar. Mesmo com o encorajamento da Luíza Z. (produtora) e do Hélio (cinegrafista), foi difícil superar a insegurança. “E se a voz falhar? E se alguém perceber?”, questionava-me a rouquidão, aos gritos. Sim, essa chata grita. E insiste até causar incômodo, cansaço, tensão. Depois, vai embora.
Diana de Azeredo
Os cuidados foram muitos. Procurei me aproximar, tanto quanto possível, dos assuntos abordados nas matérias, elaborei os textos da escalada e das cabeças, mantive contato com o outro apresentador para definir os detalhes, separei a roupa de acordo com os critérios de neutralidade e absorção de luz e planejei, além da maquiagem, a forma de arrumar o cabelo.
Só não cuidei o suficiente da voz. Uns pingos de chuva e uma manhã gelada sem manta já bastaram para me deixar rouca. O aviso da regente do coral, feito há dez anos, voltou à mente como um “puxão de orelha”. Excesso de leite e chocolate prejudica as cordas vocais. Gengibre e maçã devem ser incluídos no cardápio, sem desculpas.
Mas a lembrança veio tarde demais. Ao invés de prevenir, o jeito foi tentar remediar. Mesmo com o encorajamento da Luíza Z. (produtora) e do Hélio (cinegrafista), foi difícil superar a insegurança. “E se a voz falhar? E se alguém perceber?”, questionava-me a rouquidão, aos gritos. Sim, essa chata grita. E insiste até causar incômodo, cansaço, tensão. Depois, vai embora.
Diana de Azeredo
Nenhum comentário:
Postar um comentário