sexta-feira, 17 de maio de 2013

Uma reportagem sobre o amor

Foi em uma quinta-feira muito fria que eu descobri um pouco mais sobre amor e admiração. Foi nesse dia que conversei com Juliana Xavier, sobre uma de suas paixões: Elvis Presley.

Quando pedi para me conceder uma entrevista sobre seu ídolo, Juliana topou logo de cara. E quando nos encontramos ela era só sorrisos. Era bonito ver seus olhos brilhando ao falar do rei do rock. Ela contou histórias sobre ela, sobre Elvis e sobre como todos esses momentos estavam interligados. Conversamos por um bom tempo. Tudo bem, por um instante a câmera não gravou nosso bate-papo, mas Juliana topou continuar do ponto onde paramos. Ela queria falar sobre quem ama e eu queria ouvi-la.

No fim, foi difícil escolher o que entraria na matéria ou não, porque escolher as melhores sonoras quando alguém fala sobre carinho e admiração, sobre amor, é difícil e subjetivo. Apesar de ter que transformar tanto amor em tão poucos minutos, acho que consegui transmitir um pouco da magia que vi nos olhos e no sorriso de Juliana.

Ali, na frente dela, além de uma reportagem para o Mímesis, eu encontrei um tipo de amor lindo: o de um fã por seu ídolo. E que é tão admirável, quanto qualquer outro.




quinta-feira, 16 de maio de 2013

Rouquidão gritona

Propus a mim mesma o desafio de apresentar a quarta edição do Mímesis. Sem definir se o que vinha primeiro era o medo de errar ou o desinteresse pela função, decidi superar ambas: insegurança e falta de vontade. Se estava cursando a disciplina de Produção em Telejornalismo, a oportunidade não poderia ser melhor.

Os cuidados foram muitos. Procurei me aproximar, tanto quanto possível, dos assuntos abordados nas matérias, elaborei os textos da escalada e das cabeças, mantive contato com o outro apresentador para definir os detalhes, separei a roupa de acordo com os critérios de neutralidade e absorção de luz e planejei, além da maquiagem, a forma de arrumar o cabelo.

Só não cuidei o suficiente da voz. Uns pingos de chuva e uma manhã gelada sem manta já bastaram para me deixar rouca. O aviso da regente do coral, feito há dez anos, voltou à mente como um “puxão de orelha”. Excesso de leite e chocolate prejudica as cordas vocais. Gengibre e maçã devem ser incluídos no cardápio, sem desculpas.

Mas a lembrança veio tarde demais. Ao invés de prevenir, o jeito foi tentar remediar. Mesmo com o encorajamento da Luíza Z. (produtora) e do Hélio (cinegrafista), foi difícil superar a insegurança. “E se a voz falhar? E se alguém perceber?”, questionava-me a rouquidão, aos gritos. Sim, essa chata grita. E insiste até causar incômodo, cansaço, tensão. Depois, vai embora.


Diana de Azeredo

Gravando...

E aquela brincadeira de criança que contei para vocês, poderia se tornar trabalho sério. Mesmo sem saber se seria boa o suficiente ao cargo, me coloquei a disposição de apresentar a quarta edição do Mímesis. Não poderia perder essa oportunidade. Sempre me julguei ruim em frente as câmeras, mas sempre quis estar diante delas. Sei lá, deve ser aquele instinto jornalístico que falam. Pode até não gostar, mas quer. Quer fazer. Quer testar. Quer se descobrir. Então, lá fui eu, com minha voz "fanha" mas cheia de vontade. E fiz. E amei. E agora? Será que além do impresso, me apaixonei pelo jornalismo televisivo? Pois é. Me senti muito a vontade como apresentadora e sei agora que, se precisar, conseguirei me virar nos trinta caso meu futuro exija essa função.


sábado, 11 de maio de 2013

Para complicar um pouco

A editoria de Cultura, em uma primeira impressão, pode remeter à abordagem de temas divertidos, leves. As críticas e as resenhas, por exemplo, orientam para o consumo a ser realizado em momentos de entretenimento. Talvez, inconscientemente, o repórter de Cultura deseje “arejar” a cabeça do público.

O que se faz, então, com a pauta: uma biblioteca que ganha livros, móveis e equipamentos, mas reduz o atendimento por falta de funcionários. Isso é Cultura ou não é? Na proposta do programa, caberia esse jornalismo mais “investigativo”? O que estamos querendo é que as pessoas esqueçam suas preocupações e se distraiam com cenas “bonitas” ou que elas questionem e se incomodem?

A opção foi arriscar. Com as entrevistas agendadas, partimos eu, a Maria Regina (produtora) e o Luís (cinegrafista) para Venâncio. Conseguimos gravar os depoimentos do vice-prefeito e secretário da Cultura, da bibliotecária e de uma leitora, frequentadora do local. A denúncia em off foi comprovada: a consequência da falta de funcionários era a redução do horário de atendimento e a ausência de atividades para promover a leitura.

Qual é a função de uma biblioteca? Por que ela não está desempenhando essa função? E se ela não desempenhar essa função, qual é a interferência na vida das pessoas? Nem sempre são perguntas fáceis de fazer. Nem sempre são perguntas agradáveis de ouvir. Mas precisam ser respondidas. Ah, coisinha complicada!

Diana de Azeredo

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Experiência como editor

Sempre fui muito ruim com a questão eletrônica da vida. Na aula, no dia-a-dia, nunca soube muito mexer nesse universo cada vez mais presente no nosso cotidiano. Então quando surgiu a opção de exercer a função de editor, acima de tudo foi um desafio, e no primeiro momento achei que não fosse conseguir cumprir bem essa tarefa.

Mas na prática se tornou um pouco diferente (não que eu tenha feito alguma coisa muito bem), mas consegui passar a ter um “pequeno” domínio dos programas para a edição. E, além disso, pude ver o quanto é importante o olhar dos repórteres para auxiliar nesse processo. Quem presenciou os momentos, sempre terá algo a mais e saberá escolher as imagens certas. Então, o que mais notei fazendo isso, é que a visão daqueles que passaram pelas ações é muito importante, e mais do que nunca “duas cabeças pensam mais que uma”. 


quinta-feira, 9 de maio de 2013

Jornalista pode chorar?

Pode sim. E eu chorei. Não no momento, nada que comprometesse a reportagem. Mas, meu coração ficou em pedaços. Na nossa terceira reunião de pauta, terceira edição de Mímesis, queria, novamente, fazer algo sobre o que gosto. Afinal, é na faculdade que essas oportunidades aparecem. Pensei no amor que vejo quando chego em casa, todo final de semana. Lembrei na relação de irmão que tenho com meu cachorro. Recordei sobre o quanto ele faz bem à minha mãe. Sim, uma matéria sobre o amor dos animais para a cura de doenças seria um prazer de produzir. E, realmente, foi. Mais do que isso, foi uma das experiências mais legais da faculdade. Escutar histórias de apaixonadas por animais, me fez acreditar em um mundo melhor. O choro da entrevistada me fez tremer, pensando no sentimento que eu mesma tenho por cães. Mas, mesmo com a emoção, sabia qual seria a próxima pergunta. Por isso digo: jornalista pode se emocionar, mas precisa fazer bem feito.